Depois de uma longa espera, o Kindle Voyage está chegando ao Brasil. E ele traz consigo o novo Kindle Paperwhite, recém-lançado nos Estados Unidos. Vamos conhecer um pouco mais sobre estes dois novos modelos de e-reader da Amazon? Então vamos lá…
Kindle Voyage
O Kindle Voyage é o modelo topo de linha da família Kindle. O preço também reflete isso: ele chega em terras tupiniquins por R$899,00 (nos Estados Unidos, ele custa US$219,00 sem special offers). Contando a atual alta do dólar e os nossos impostos nada modestos, até que o preço não está tão incompatível (considerando também que aqui no Brasil dá para parcelar este valor em até 12 vezes sem juros). Já vimos diferenças muito maiores, não é mesmo?
Mas vamos ver o que o Kindle Voyage tem de diferente em relação aos demais modelos da família Kindle.
Ele é o modelo mais fino, com dimensões de 16,2 x 11,5 x 0,76 cm e pesando apenas 180 gramas. Ele tem a tela e-Ink com a tecnologia do Paperwhite, com resolução de 300 PPI, a mesma do novo Kindle Paperwhite, e maior que a do Kindle Paperwhite anterior (212 PPI). Como o tamanho da tela em si permanece o mesmo, isso dá um efeito visual de maior definição na imagem em relação aos demais modelos.
Além disso, a Amazon explica que trabalhou no material do vidro da tela para que ele seja ainda menos reflexivo, e que o trabalho para fazer isso também deu uma textura um pouco diferente à tela, que faz parecer que você está tocando papel (fiquei intrigada com isso, quero testar!).
A luz frontal também foi melhorada em relação à do Paperwhite anterior, sendo 39% mais potente. Além disso, ele agora ajusta a luz de acordo com a luz do ambiente, sem precisar de ajustes manuais para isso, mas ainda permitindo o ajuste manual, se o usuário desejar.
Outra novidade em relação à luz que eu achei interessante é que, quando se está lendo no escuro, ele vai diminuindo a luz ao longo da leitura, pois os olhos tendem a acostumar com o ambiente escuro, e depois de algum tempo a luz padrão que estava agradável passa a ser forte. Por isso, ele faz esta redução automaticamente.
A Amazon também introduz neste modelo o PagePress, que é uma nova forma de mudar as páginas do ebook durante a leitura. Com uma leve pressão do seu dedo na moldura do Kindle Voyage, onde há uma marcação, ele detecta isso e passa para a próxima página. Não precisa nem levantar o dedo. E para ter certeza que ele “sentiu” o toque, você sentirá uma leve vibração.
Eu, que ainda tenho um modelo antigo sem tela de toque, sentia muita falta do botão físico para mudar de página, que eu acho muito melhor do que tocar na tela. Com este novo recurso do Kindle Voyage, eu fiquei mais interessada em trocar meu Kindle (mas sei que vou sentir falta do Text to Speech).
Nos Estados Unidos, o Kindle Voyage também foi lançado com a versão 3G, que inclui o acesso pela rede celular gratuito para baixar ebooks e sincronizar a leitura, mas este modelo não aparece na Amazon do Brasil. Será que é por causa do preço? Afinal, o modelo 3G, que nos Estados Unidos custa US$289,00, aqui ultrapassaria a faixa dos R$1000,00. Muita coisa para um e-reader, não é mesmo?
Vale lembrar que, se você possui um smartphone Android ou iOS, você pode compartilhar o acesso à Internet usando a rede do seu smartphone com seu Kindle. Veja o passo a passo que eu escrevi para compartilhar a Internet no iPhone.
Para adquirir o Kindle Voyage ou ler mais informações sobre ele, acesse a página da Amazon Brasil.
Novo Kindle Paperwhite
Praticamente junto com os Estados Unidos, o que é uma boa novidade, chega ao Brasil o Novo Kindle Paperwhite. O preço permanece o mesmo do modelo anterior, R$479,00.
A principal novidade é que ele traz agora a mesma resolução de tela do Kindle Voyage (300dpi). Então para quem se animou com a melhor qualidade de imagem, saiba que agora o Kindle Paperwhite também está no mesmo patamar do Voyage (mas não tem o recurso de iluminação automática).
O processador deste novo modelo é o Freescale chip de 1GHz (o do modelo anterior é de 800MHz). Alguns blogs americanos comentaram que de fato há uma sensação de maior rapidez em relação ao modelo anterior.
Além disso, a Amazon também anuncia para este novo modelo uma nova fonte exclusiva chamada Bookerly (veja mais informações sobre esta fonte a seguir).
O Novo Kindle Paperwhite também traz uma funcionalidade muito interessante, que é o Page Flip. Com ele, você consegue navegar pelas páginas do livro sem sair de onde você está. Ele abre uma janela sobre a página que você está lendo com uma barra de rolagem na parte inferior. Ao movimentar esta barra de rolagem, você vê as páginas passando na janela.
Para mais informações ou para adquirir o Novo Kindle Paperwhite, acesse a Amazon Brasil. Ele também está disponível na versão com 3G gratuito para download de ebooks e sincronização com a Amazon.
Para você ter uma ideia melhor, veja esta e as outras novidades no vídeo oficial do Novo Kindle Paperwhite (em inglês):
https://www.youtube.com/watch?v=QaHQqI3fksM
Note que no vídeo você verá uma mulher lendo o Kindle na piscina, mas ele não é à prova d’água! Não faça isso com seu Kindle, sem colocá-lo em algum tipo de capa protetora, OK? 😉
Sobre a nova fonte Bookerly
Uma das novidades do Novo Kindle Paperwhite é uma nova fonte, exclusiva da Amazon, chamada Bookerly. Você pode ficar intrigado do porque uma nova fonte ser merecedora de destaque, mas curiosamente a Amazon estuda formas de tornar a leitura nos e-readers mais agradável, e, segundo estas pesquisas, uma das formas é oferecer fontes melhores, de forma que o leitor, mesmo que não perceba, prefira ler os livros no Kindle do que no papel impresso.
Para você ter uma ideia de como é esta nova fonte, veja a imagem abaixo que a própria Amazon preparou para mostrar esta nova fonte (você pode clicar na imagem para vê-la em tamanho maior, para melhor leitura):
Dá para ver que a Amazon leva esta questão a sério mesmo. Veja como eles destacam os mínimos detalhes de espaçamento entre as letras… Imagino que quem trabalha com tipografia deve ficar muito animado de ver este tipo de trabalho.
Eu, pessoalmente, não compraria um Kindle só por causa de uma fonte, mas eu acho que é uma adição interessante para quem já tem interesse em adquirir um Kindle Paperwhite. De fato, sempre que eu instalo um aplicativo de leitura, uma das primeiras coisas que eu faço é customizar o visual, incluindo escolher uma fonte que me agrada para ler. Este é um dos motivos pelo qual eu não gosto de ler arquivos PDF, pois em geral não dá para fazer este tipo de customização (há exceções, claro, mas isso implica em converter o formato ou usar algum recurso como o PDF Reflow do Lev).
Vale mencionar que a Amazon já disponibilizou esta nova fonte Bookerly para os aplicativos Kindle para iOS (iPhone e iPad) e Kindle Fire.
Conclusão
Os recursos dos novos modelos são realmente interessantes, e o que eu mais gostei foi o PagePress do Kindle Voyage (eu acho que quem lê muito com um dispositivo com tela de toque irá concordar comigo). É uma pena que os preços sejam ainda um tanto salgados para a realidade brasileira.
O que você achou destes lançamentos? Se você já possui um Kindle, comente sobre as diferenças dos novos modelos, se alguma delas te faria trocar por um dos novos modelos.
Boa tarde, Cris, parabéns pelo blog! Comprei um Kindle Paperwhite 3 há uma semana e senti a necessidade de comprar uma case pra ele. O problema que vi foi o preço. 149 está além do meu limite de gasto em uma simples case, hahaha, então optei pela boa e velha Aliexpress. O problema é que no anúncio diz que a case é própria do KPW2, não fala nada sobre o KPW3. Gostaria de saber se as medidas do KPW3 são iguais às dos KPW2, se as capas de um se ajustam perfeitamente com o formato do outro. Grato!
Uma vez mais refiro que as pessoas deviam estar mais preocupadas em ler do que na ferramenta. Penso que não justifica o valor do último modelo da amazon.
Os modelos mais recentes têm melhorias no peso e na qualidade da tela. Mas isso não influencia a nossa leitura. Pode influênciar por exemplo novos formatos que facilitem o pdf com imagens etc mas de resto é puro consumismo.
Estão a começar a surgir equipamentos de outras marcas que são resistentes à água, ás quedas (choque) etc. Esses sim são melhorias.
A industria encontrou junto deste nicho de mercado mais uma forma de fazer muito dinheiro. A verdade é que o pessoal que cresceu com os livros (ainda a maior parte) continua a perferir. Se optamos pelos livros digitais é só por uma questão de facilidade de transporte e uso. Mas aqueles livros mesmo bons perferimos ter em papel não é mesmo? Então não dêm tanta importância ao equipamento. Os livros são sempre o mais importante.
Este é o seu ponto de vista, e tenho certeza que muitos leitores pensam diferente. Obrigada por compartilhar!
Abraços!